sábado, 18 de dezembro de 2010

In real life

A função dos sites de relacionamento, blogs e programas de mensagem eletrônicos me é uma incógnita. Sempre acreditei que eram uma forma de aproximação sem comprometimento, de ter e não ser amigo, uma forma moderna e volátil de manter as amizades e sublimar (falsamente) as frustrações cotidianas.

Mas essas ferramentas são úteis... namoros à distância, atualizar fofocas, manter contato com família e amigos que estão longe, etc e tal. Daí entra aquele papo de fins e meios, que gente meio_cult_meio_intelectual_meio_crítico adora falar.

Assim que abri orkut hoje vi uma foto ali do lado, de uma pessoa que estudou comigo. Cliquei, vi no álbum dela fotos de pessoas conhecidas, entrei.

Fotos são sempre felizes. Sempre todo mundo sorrindo. Um mundo estático, paradinho ali... mas como tem vida! Senti uma pequena pontada de inveja por não figurar em nenhuma das fotos daquele álbum. Nunca fui um cara muito pop, sempre cisudo, sempre mal humorado...

Enquanto eu pensava na minha falha épica em me tornar uma das figuras bem lembradas da minha sala, me veio algo na cabeça, a motivação de estar escrevendo essa parada.

Esse mundinho virtual, esse uma espécie de máquina do tempo. Quando me pego pensando no blog, ou nos meus amigos que vez ou outra comentam no blog, eu reconstruo nossa história e a partir dali, crio outras, onde, pasmem, eu posso ser um cara pop na faculdade. O engraçado é que poderíamos fazer isso sem blogs, tweets, facebooks e orkut. Já temos a nossa máquina de realidade virtual na nossa cachola.

Anyway, quando eu encontrar algum dos meus amigos, in real life, me lembrarei de dar um sorriso e dizer que sinto falta deles.


2 comentários:

Nada disse...

Esse texto me trouxe lembranças e saudades...

Ana Paula Dias Dini disse...

saudade, japa...